quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Largo do Divino Espírito Santo

07-11-2017, tarde
Um pequeno passeio leva-nos a Vila Facaia, lugar da freguesia do Ramalhal.
…Ermegeira, Abrunheira, passagem estreita debaixo da linha do caminho-de-ferro – convém apitar –, mais adiante, o Ramalhal. Como um caçador atrás da caça que quase não há, por onde seguir? Aqui chegámos…, o Largo (muito belo) à esquerda, um gesto de cumprimento a uma «voz do Ramalhal»* cá fora, junto ao café… e sigo, já decidido. É Vila Facaia, onde nunca pus o pé… «Agora já pôs!» – vai dizer daqui a pouco um jovem quando lá chegar. No momento em que falei já era mentira o que disse.
A zona é de várzea desde o Maxial, guardada por montes. Um campo de jogos (Polidesportivo de Vila Facaia), a associação de caçadores, estamos a chegar. Como num palanque ou primeira fila junto ao palco, o café está defronte, quase a fazer barragem, a esplanada a terminar na «muralha». Os passantes, somos o palco deles, eles, o nosso.
O café tem a parte da entrada, com balcão, e espaço aberto para a sala de jogos, bilhar e matraquilhos. No topo, à direita de quem entra, há uma tira com mesas e cadeiras, a que se acede por quatro ou cinco degraus, um metro acima do restante pavimento. Chamemos-lhe galeria de teatro. Os dois espaços é como se fossem um… A decoração tem interesse do ponto de vista artístico, por exemplo, várias esculturas negras de factura africana em baixo-relevo.

Entretanto, tinha-me apercebido do carácter do conjunto formado pelo coreto, pequenino jardim, capela do Divino Espírito Santo, minimercado…, o Largo… Saio para tirar fotografias… Aqui ficam.
* Alusão ao grupo coral Vozes do Ramalhal

Em frente, o café Minarelli, troco as voltas das letras e chamo-lhe Miranelli


O minimercado e a capela no Largo do Divino Espírito Santo

Cruzeiro de 1937
Reconstrução no cinquentenário, 1987






Regresso pela mesma estrada

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Um pequeno e acolhedor espaço. Natureza e memória



 Quem aborde a povoação, vindo do Ramalhal, vê primeiro a homenagem aos combatentes da Grande Guerra. À direita, na parede, a placa rende homenagem aos combatentes do Ultramar, na pessoa de Dinis Bento Guerra, falecido em Moçambique

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Saber mais: Rota do Morango

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