terça-feira, 15 de março de 2016

Simpósio de Homenagem

24 de Fevereiro
Palácio da Independência
No segundo dia do Simpósio de Homenagem: O Pensamento de Manuel Ferreira Patrício, houve a oportunidade, antes e depois de iniciados os trabalhos, de um olhar para as redondezas, nomeadamente o Largo de S. Domingos, e apreciar partes do próprio palácio da Independência. Aqui se dá alguma coisa desse percurso, excluindo aspectos de anteriores visitas, mas socorrendo-me de três fotos de há uns anos, devidamente datadas.
Com um crescente interesse por azulejos e cerâmica figurativa, muita dela com paisagens e mostrando gente do povo nas várias tarefas do dia-a-dia, perdi-me um pouco neste aspecto.
Na pausa para almoço, a grande maioria dos participantes no simpósio subiu as escadas e entrou na Kantina, junto às grandes chaminés piramidais, quase cónicas, como as do Palácio da Vila, em Sintra. Momentos agradáveis, pelo bom serviço e pelo convívio, ou não estivéssemos num simpósio*.
* No final, linques para outras mensagens ligadas a este dia, particularmente, a primeira.
28-10-2010

04-06-2013
Entrado o portão, à esquerda, para onde está a olhar a figura em silhueta, o nicho de N.ª Sr.ª da Conceição, Padroeira de Portugal

04-06-2013



Para que mais comodamente se leia a informação contida na imagem, aqui se transcreve a tradução do texto latino da lápide comemorativa da proclamação de N.ª Sr.ª da Conceição como padroeira do reino, precedida das palavras introdutórias, em letras brancas, sobre placa de vidro acrílico, da responsabilidade da Sociedade Histórica da Independência de Portugal.
INSCRIÇÃO COMEMORATIVA DA PROCLAMAÇÃO DE

N. S. DA CONCEIÇÃO COMO PADROEIRA DO REINO



Nos muros das Portas de Santo Antão, por cima dos postigos, do lado exterior, havia um nicho com a imagem do Santo orago do local, ladeado pelas Armas Reais e pelas da Cidade. Do lado de dentro, existia uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, acompanhada de uma lápide em que se dedicava Portugal à Imaculada Conceição, proclamando-a sua Padroeira, de acordo com o Decreto de 2 de Junho de 1654, na sequência da Provisão Régia de 25 de Março de 1646. Também nas Portas de Santa Catarina e nas Portas da Cruz havia inscrições análogas, tendo sido todas colocadas no ano de 1656.

Trezentos e cinquenta anos depois, a Sociedade Histórica da Independência de Portugal decidiu comemorar este facto instalando, agora no Palácio da Independência, um nicho dedicado `Rainha Padroeira de Portugal, acompanhado por uma réplica da lápide de consagração, segundo o modelo da existente nas Portas da Cruz, a única que subsistiu ao terramoto de 1755.



SEJA ETERNA A CONSAGRAÇÃO



JOÃO IV REI DE PORTUGAL, EM COMUNHÃO COM AS CORTES GERAIS,

PUBLICAMENTE COMPROMETEU A SUA PESSOA E OS SEUS REINOS COMO

TRIBUTÁRIOS DE UM CENSO ANUAL DEDICADO

À IMACULATÍSSIMA CONCEIÇÃO DE MARIA

E COM JURAMENTO SE CONFIRMOU A SI PRÓPRIO COMO DEFENSOR DA MÃE

DE DEUS, ELEITA PADROEIRA DO IMPÉRIO, E DO PECADO ORIGINAL

RESGUARDADA



PARA QUE TÃO PIEDOSO SENTIMENTO LUSITANO SE PERPETUASSE,

MANDOU LAVRAR ESTA MEMÓRIA PERENE EM VIVA LÁPIDE, NO ANO DE CRISTO DE 1646, SEXTO DO SEU REINADO.

24 de Maio de 2006



Painel azulejar de Gabriel del Barco





A Liberdade, símbolo da independência



No pátio, em frente da entrada, o rei restaurador da independência

O duque de Bragança aceitou encabeçar a luta, que teve início a 1 de Dezembro de 1640, sendo a partir da manhã desse glorioso dia, o rei D. João, o quarto deste nome. A paz só será assinada vinte e oito anos depois.

 D. Antão de Almada, em cuja casa, este palácio, se reuniram os quarenta conjurados, decididos a lutar pela independência de Portugal. desvinculando-o da união a Espanha. 

 Daqui se sobe à Kantina
Momentos agradáveis e bom serviço








Neste pátio, os rodapés estão forrados de azulejos de padrão, ali colocados nos anos quarenta do século XX.
«Os azulejos de composição figurativa do pátio superior, provavelmente oriundos de salas do Palácio, foram igualmente colocados no pátio na mesma época, servindo de espaldar a bancos corridos.»
(Ver aqui.)
 Jardim com fonte barroca
(Ver descrição, aqui.)

Painel de azulejo de padrão, ao centro. Barras laterais com motivos arquitectónicos.
(Ver descrição, aqui.)

Paisagem fluvial. Ancoradouro. Cerca de 1730
(Ver descrição, aqui.)







Esta porta, hoje fechada, abre-se para mostrar o grande quintal-jardim, por ocasião de visitas guiadas, incluindo alunos e  seus professores em visita de estudo. Encostados à cerca fernandina, três painéis de azulejos emolduram por três lados uma fonte manuelina, como o painel principal e os dois volantes de um retábulo.













                                                                                             
                                   Da internet

                                                                                 Foto tirada daqui, com a devida vénia

Voltamos as costas aos painéis de azulejos e ao jardim, pouco mais que vislumbrado, para descer as escadas até ao piso da entrada no palácio.

http://aterraeagente.blogspot.com/2016/03/simposio-de-homenagem-o-pensamento-de.html
http://aterraeagente.blogspot.com/2016/02/largo-de-s-domingos.html
http://aterraeagente.blogspot.com/2016/02/a-ginjinha.html
http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=5257
http://www.inatel.pt/content.aspx?menuid=45

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