domingo, 1 de março de 2015

Fazer pela vida

Diz a porta, para quem não morre de amores por espelhos em portas e janelas:
 — Olha para mim!
O espelho é coisa de interior, de imaginar e sonhar. Assim, à luz do sol, pode ser indiscreto, mostra a casa do vizinho, incomoda com os reflexos, queima e fere.
— Olha para mim! — Mas, eu fico perplexo.
— Tu não és porta para entrar, apesar de teres fechadura. És bela, mas não tens ninguém que te diga «espelho meu, espelho meu...»
Sigo em direcção ao Largo de Santo António, um bocadinho incomodado com a minha má educação, mais, falta de humanidade. Ao passar pela Cooperativa de Comunicação e Cultura, começa-se a desvanecer o pecadilho, que logo desaparece na paz de uma rua bonita, na sua vida de agora e na que conserva dos que passaram, para quem a quiser pressentir.
No Largo de Santo António, no seu sossego, um convite ao dinamismo.

 Porta na Rua dos Celeiros de Santa Maria. Em frente, a Rua da Cruz

 Largo de Santo António

 Se ficar aqui, o problema vem ter comigo

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